02 outubro 2009

Nico Lopes terá Pré-sal como tema

A tradicional Marcha Nico Lopes honrou com sua tradição e retomou o cunho político que sempre carregou. Após alguns anos abordando temas culturais, que fugiram à característica do evento e geraram grande desinteresse e falta de participação dos estudantes, a Nico Lopes reerguerá o alto-falante para discutir o tema que está na boca de todos e pode representar um grande instrumento de desenvolvimento do nosso país.
Com o apoio do CACOM, o tema foi escolhido em votação entre CA's e DA's da UFV.
Façamos parte deste evento que tem mais de 80 anos de história, mostrando que os estudantes ainda estão atentos às decisões do governo e, é claro, nos divertindo com muita música e animação.

23 comentários:

  1. Fica uma dica de alguém que atua no ME há tempos: não reproduzam o discurso do DCE! Você ainda são novos na universidade e fica a dica: procurem se informar mais sobre a Nico Lopes e o movimento estudantil como um todo!
    Como assim "Após alguns anos abordando temas culturais, que fugiram à característica do evento"???? Isso mostra que vocês não conhecem NADA sobre a Nico Lopes!!!!

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  2. Concordo com a Inês!
    A Nico Lopes é um dos eventos mais esperados no ano em que se busca trazer o debate de cultura e como a manifestação cultural pode se construir enquanto critica social.
    Sinceramente acredito que o pré-sal é um tema muito importante a ser debatido, contudo vai estar fora de contexto e mais do que isso, vai se tornar mera politicagem...o q vem rolando solto no porão nos ultimos tempos!

    Acho q vcs devem procurar saber melhor sobre o caráter que tem a Nico Lopes e avaliar melhor a posição de vcs perante isso!

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  3. Primeiramente, cultura não se dissocia de política. Vã ignorância acreditar nisto. E como tal, expressa reflexos de uma conjuntura. O que as nico lopes anteriores a estas últimas, que vocês citam, fazia era a reprodução de aventos a la carnaval, inclusive com repulsa da sociedade aos blocos carnavalescos da mesma. Tanto que o jornal da cidade, no ano passado, mostrou como capa a votla da Nico Lopes de origem, saindo da palhaçada carnavalesca que era, que se propunha a uma festa sem debate.
    Resta saber se a atuação e presneça dos estudantes que vocês falam virá em forma de debate sobre projetos para o pré-sal ou participação em festas massivas, cuja receita qualquer um pode reproduzir.

    O pré-sal é estratégico para a política brasileira. qualquer projeto de sociedade que se pense para o Brasil passa eplo Pre-sal, é bem verdade, mas a proposta dada é fazer do tema um palanque. Isso é politicagem, e não politica.

    A nico lopes sai da estrada da cultura - pensada politicamente, como faz todos setores - para embarcar em uma politicagem eleitoreira.

    Só faltam levar a dilma para acenar aos estudantes quando o projeto do governo, que avança em alguns pontos, ainda é morno para as necessidades e desenvolvimento social do pais.

    Mas já que se mostram tao aptos a discussao, espero que abram espaços de discussao em que nao apenas a ala governista seja voz sobre o projeto.

    boa nico lopes.

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  4. Galera faz estardalhaço à toa. Tínhamos nosso direito ao voto na escolha do tema da Nico Lopes e votamos porque atualmente somos o C.A.COM.
    Paciência...

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  5. Vivian Neves Fernandes7 de outubro de 2009 às 15:30

    A democracia representativa, é a democracia representativa... Ninguém entrou nesse mérito de discussão. O quê, aliás, valeria muito a pena discutirmos.
    O que está se questionando aqui é a afirmação, ao meu ver totalmente descabida, de que a cultura não tem ligação com a política, ou pior, que os jovens não tem interesse pela cultura. No mínimo eu pediria que estudassem um pouco mais os "estudos culturais", linha teórica fundamental pros estudos em comunicação social. Tão matando aula e botando fogo nos livros?! Peraí moçada, cuidado com os posicionamentos vazios e errôneos pra desligitimas as construções das Nico Lopes anteriores.
    Que existam discordâncias e debates quanto ao tema e à política conduzida pelo movimento estudantil, eu acho totalmente válida. Agora, vamos balizar nossos argumentos em um sendo de racionalidade e historicidade.
    Um dos grandes aprendizados que temos a oportunidade de aprender (talvez) no movimento estudantil, na universidade e no curso de comunicação é o de não acreditar em uma retórica bonita e saber questionar sempre, da forma certa e com argumentos pertinentes.
    Aqui quem fala é alguém que já passou pela movimento estudantil, pela universidade e pelo curso de comunicação, mas não deixou de questionar nunca.

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  6. Vivian Neves Fernandes7 de outubro de 2009 às 15:34

    Agora quanto ao tema do Pré-sal, eu topo, topo, topo. Por que não? Vamo cair para dentro.
    Mas chamem representantes diversos pra debater a questão, como os trabalhadores petroleiros, organizados nas Federações da categoria. Se não é debate pra "inglês ver" e pra votar na Dilma. huahuahua.
    Ps: Desculpem os erros de português e digitação, mas escrevi na correria.

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  7. Primeiro, Inês, você quem deve saber da Nico Lopes apenas durante o período em que esteve por aqui. Meus pais estudaram aqui entre 1977 e 1983. Sei muitas histórias e muitas das coisas que se passavam na Nico Lopes. Eles que sempre estiveram lá participando da marca naquela época, quando os estudantes ainda participavam de fato. A Nico Lopes, de acordo com palavras deles, sempre foi a de protestar contra o governo, com cunho político, então. No entanto, o ato de protestar não significava que todos defendiam os mesmos ideais, mas protestavam contra medidas que consideravam erradas e debatiam temas novos, pedindo medidas claras e efetivas para esse tema, independente da visão poítica de cada um que participava. Tudo isso, com muita música e muito bom humor. Iam aguns fantasiados. Diziam que era a maior festa.
    Quanto a acharem que defendemos visão política alguma, estão errados. Há divergências de visões políticas dentro do próprio CA.
    Quanto a votar na Dilma, peço que confesse que seja piada.
    O CACOM votou no tema pré-sal por acreditar que é um tema de muita relevância para o futuro do país. Devemos mostrar que estamos de olho na grana que vai rolar.
    Continuar a mesma Nico Lopes dos últimos anos, um verdadeiro fracasso, não convenceu a ninguém do Centro.

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  8. Li, reli, traduzi para o holandês, depois ditei o tópico todo para minha mãe por telefone.

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  9. Uai, Felipe, o CACOM no ano passado protestou na Nico Lopes contra a política e a censura praticada pelo Aécio Neves, outros grupos tbm estiveram presentes discutindo homofobia, reforma agrária, reforma estudantil... por que diabos não é político?

    Apresentar "cultura" como tema da Nico Lopes é errado, mas BatCaverna na semana da calourada é politicamente correto e democratico?

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  10. ops, por reforma estudantil entende-se reforma universitária, mas, enfim, fica a deixa.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Como meu nome foi citado, tenho o direito de resposta! Eu sei sim sobre a Nico Lopes, não apenas dos cinco anos que estive na UFV. Como sou membro de uma entidade que pauta o debate político e a democratização da cultura, o Cineclube Carcará, sempre participei da construção da Nico Lopes, pesquisando, na busca de resgatar seu real significado, que muito bem os pais do Felipe falaram, significa a luta, o protesto, a crítica, de maneira irreverente e bem humorada.
    Só me fica uma pergunta... desde quando quantidade significa qualidade? Não é pq uma marcha chama uma minoria interessada em defender ideais, significa que ela não tenho tido sucesso. A culpa não é da Marcha ou de quem a organizou em si! A culpa é de quem se interessa mais em ir a uma festa do que sentar e debater algum tema.
    A crítica que faço ao DCE atual é a "confusão" (reparem as " ") que eles fazem entre massificação e "agradar a todos os gostos".
    Tenho certeza que um trio elétrico vai chamar muita gente! Mas e o debate? Que crítica que haverá ao som de axé e muita cerveja? Nada contra!!! Isso tb é bacana, mas não acho que a Marcha seja esse espaço!
    Além do tema Pré-sal! Realmente é um tema importante de se debater, mas é esse o espaço? Um tema relativamente novo, com um lado mais técnico? Quem vai debater? Concordo com o que já foi dito: se tornará politicagem!
    O Movimento Estudantil de verdade perderá muito com essa festa, pq eu me recuso a chamar de Nico Lopes...

    Não sou dona da verdade!!! Essa é apenas minha opinião...

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  13. A Marcha Nico Lopes é, antes de tudo, o espaço dos debates que, em geral, não seriam feitos da forma bem-humorada que a marcha permite. Como NATIVO, filho de pais NATIVOS que acompanham a Marcha Nico Lopes durante muito tempo e há muito tempo, acho que posso opinar.
    Se bem me lembro, a Nico Lopes foi tema de discussão e foi abordada com seriedade... mas nao a necessária. A única pergunta que nao sai da minha cabeça é: Por que diferenciar Política de Cultura? Quanto à discussão: Válida! Difícil é saber se ela será abordada da forma ampla como merece. Acho que temas "culturais", locais, políticos e tantos outros, merecem ser discutidos com a leveza da Marcha, mas merecem ser discutidos em tudo!

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  14. Bárbara,
    Concordo com o que você falou e reconheço que a cultura está, como deve, presente na Nico Lopes. Mas acredito que não deve ser o carro-chefe, deve compor a Marcha.
    Aí vai do que cada um prefere. Uns vão querer que a cultura continue, como nos últimos anos, como o carro-chefe, outros serão mais tradicionais em relação a esse caso e pensarão como eu.
    Concordo com o Caio que tudo deve ser discutido, mas mantenho que o carro-chefe, o assunto principal, deveria girar em torno do tema vecendor: o pré-sal.

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  15. Já diria Macunaíma: ai que preguiça....

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  16. Escolher o pré sal como tema não significa que a Nico Lopes "honrou com sua tradição e retomou o cunho político que sempre carregou." Ela já havia retomado seu cunho há alguns anos. Discutindo politicamente cultura sim!
    Que eu me lembre, aconteceu de não haver tal politização da última vez em que o mesmo grupo que está no DCE agora, organizou o evento...
    Acho que o CA deve continuar participando da construção e ficar de olhos bem abertos...
    Cobrem os debates! "Fiscalizem" o DCE!
    Se essa Nico Lopes acontecer e não desaparecer nenhuma verba, já vou achar ótimo.
    Se essa Nico Lopes não for pura micareta, com trio elétrico e nenhuma politização, dou meu braço a torcer! Venho aqui e digo que vocês tinham razão sobre o tema.

    Agora, vocês sabem que o tema do pré sal foi escolhido pelo DCE não pela relevância dele ou porque vai chamar mais atenção dos estudantes e sim porque esta é a orientação da UNE/UJS e o posicionamento deles tem relação com o apoio que dão ao governo. Independe de discutir o que seria melhor para o país...

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  17. Desculpa Felipe, mas talvez entendemos cultura e política de formas distintas. A Nico Lopes, pelo menos nos anos em que estive presente, não tomou a cultura como carro-chefe, ela politizou e questionou a cultura, e nesse sentido, as ideologias e políticas envolvidas. (Por exemplo, o grupo Primavera nos Dentes, pautando a homofobia e questionando a nossa sociedade machista, sexista e patriarcal. E isso é política - política de diferença, não é somente discutir cultura, é também politiza-la) Eu não entendo política como representação, voto ou as decisões governamentais. Muito menos entendo a cultura isolada "lá nas tribos indígenas", na preguiça de macunaima, ou naqueles grupos esquisitos que protestavam "sei lá o que" na Nico Lopes.

    Enfim, apenas retribuindo ao seu comentário. E como outros já disseram, acho o tema importante e a participação de vocês também. Encarar essa participação de forma política e politizada, é melhor ainda!

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  18. Só para não deixar a discussão morrer. Não acredito que uma entidade, que tem por objetivo, representar os estudantes de comunicação social da UFV, tenha tido a coragem de escrever algo como "Após alguns anos abordando temas culturais, que fugiram à característica do evento..."

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  19. O fato é que, no fundo, bem fundinho, ninguém deposita o mínimo de consideração pelo atual CA, simplesmente porque na campanha abandonou alguns temas e focou (desculpe a piada involuntária) outros. Às vezes o que acontece é o simples prazer em discordar. E sinceramente, o Pré-sal é um tema unânime atualmente na sociedade brasileira. Só não vê quem não quer.

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  20. Onde está "deposita o mínimo de consideração" era pra estar "deposita o mínimo de confiança. Mas o que vale é passar a mensagem...

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  21. Este comentário foi removido pelo autor.

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  22. Geanini Hackbardt, você disse: "Se essa Nico Lopes não for pura micareta, com trio elétrico e nenhuma politização, dou meu braço a torcer! Venho aqui e digo que vocês tinham razão sobre o tema."
    É por isso que você não escreveu mais nada? Mesmo que você não necessite vir torcer seu braço vem e comente mais. É muito importante que pessoas como você, a Inês, a Bárbara e outros politizados e que sabem ser críticos com argumentos não ofensivos, mas para despertar o estudante para a realidade de uma mobilização política.
    Blocos foram abafados(os que traziam cunho político e acreditaram na tradição da Marcha Nico Lopes). Para dizer a verdade os blocos se desfizeram, mas ainda assim houve uma premiação aos melhores blocos da Marcha, e para confundir ainda mais,que não teve. Muitos estavam ali interessados na premiação em cerveja aos blocos vencedores.
    O som estava tão alto(típico de trio elétrico)e ninguém pode ouvir quais eram as reivindicações... Minto, esqueci de um bloco que gritou por muito tempo "Eu quero mais é beijar na boca
    Eu quero mais é beijar na boca" Esse bloco se fez ouvir! Não me perguntem qual bloco foi, mas segundo dizem isso sim é voltar tradição e retomar o cunho político. Acredito que é importante sim um tema político nacional(e que este seja discutido durante a Marcha e não imposto como foi ), mas que outros temas tenham o direitos de serem ouvidos. Não foi permitido a nenhum representante de cada bloco defender e esclarecer suas posições políticas, sociais culturais.
    Não sou contra a micaretagem, mas que esta tenha o seu devido lugar. A marcha Nico Lopes, mais uma vez na sua história, perde seu cunho político. E a politicagem usa mas uma vez a mobilização de cultura de massa para se valer. Foi como se as 10000 ,15000, ou melhor, 30000 pessoas(Ah, não sei... )que estavam presentes, apoiavam tudo(bêbados, os estudantes, gritaram o que pediam que gritassem e, assim, o tema foi dignamente discutido e reivindicado por todos). Temos que admitir que partidos políticos usam das entidades estudantis de forma a potencializar candidaturas. Na minha opinião essa foi a grande questão da não-marcha Nico Lopes. De alguma coisa valeu. A atuação dos partidos políticos no movimento estudantil deve ser questionada. Não podemos aceitar esse tipo de manipulação!A ruptura ainda não foi feita. Temos que reivindicar nossa autonomia.

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